quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

SAGRADA FAMÍLIA – MUQUÉM - ANTÔNIO MARTINS




De princípio, seria uma capelinha para na mesma edificar o jazigo da família Carvalho. Mais tarde, dona Francisca Azevedo Carvalho deu o primeiro passo para sua construção. Uma capela da Sagrada Família e de toda a família do município. Um local para suas orações, encontros religiosos, missas, catecismos e preparação para a primeira eucaristia das crianças.
   O primeiro passo veio acontecer, aos 18 dias de dezembro de 1983. Dona Florinda, reuniu-se com toda comunidade do Muquém para falar do seu intento, sendo aplaudida por todos.
    Antonio de Cândido, Benedito de Franci, Azulão, Tido de Mateus, Pantico de Chicô, cavaram o alicerce, bateram treze milheiros de tijolos e botaram parte das pedras necessárias, tudo totalmente grátis.
   Pensando em acelerar os trabalhos, foram contratados vários operários. Chico de Deaca, Antonio Vieira, Luiz de Nezinho, Pantico de Chicô, Cicero Vieira, Tiquinho de Zé Pedro, Titico do Pico e como mestre da obra, Sebastião Guilhermino.
     Com o passar do tempo, começou a faltar material e dinheiro para o pagamento dos trabalahadores. Foi preciso pedir ajuda aos filhos da terra, as famílias, amigos e políticos. A comunidade promoveu várias rifas, pequenos bingos, passaram a vender cocadas, bolos, dindim, tudo com objetivo de angariar dinheiro.
    Em 1988, por motivo de viagem de Dona Florinda ao Rio de Janeiro e Brasília, Tarcisio assume os trabalhos. Trabalhadores são contratados. Zé de Chcio Quinca, Chico de Bezinha e Aluizio Rosa deixaram tudo pronto, faltando apenas a eletrificação e equipamentos internos para a igreja. Com a volta de Dona Florinda, foi feita  uma reunião com todos os seus filhos. Pediu o empenho de cada um deles, para a conclusão dos trabalhos. José Maria (filho mais velho), daria os quadros da via sacra. Carvalho Neto , o sino Afonso Maria, a imagem da Sagrada Família (trazida do Rio de Janeiro); TARCISIO e Ilma, a mesma do altar, cômoda, jarros e flores. Os bancos seriam confeccionados pelo senhor Elias, com madeira retirada da própria fazenda em um número d doze, um para cada filho vivo.
    Dia 27 de janeiro de 1990. Foi realizada a inauguração da santa missa e aos domingos, encontros de catecismo para crianças e jovens em preparação à primeira eucaristia e crisma.
    A festa do padroeiro é comemorada com novenas e missa no encerramento. Tem início no dia 24 de dezembro, estendendo-se até 1ª de janeiro.
   Três datas importantes para a família Carvalho, foram comemoradas na igreja: os 80 anos de Dona Florinda Azevedo, aos 19 de abril de 1994, o primeiro casamento religioso aos 21 de agosto de 2000; de Tarcísio e Ilma, e suas bodas de prata aos 17 de março de 2003.
FONTE: LIVRO ANTÔNIO MARTINS – TERRA DA BOA ESPERANÇA, DE CHAGAS CRISTOVÃO

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